20 de abril de 2011
desabafo do coração, reflexo da razão.
X senta-se, depois levanta-se. Enche de passos o corredor exíguo, abafado, quase sufocante. Y roda impacientemente, entre os dedos, a sua garrafa agora vazia. Cruza e descruza as pernas, arranja-se na cadeira de madeira gasta, reles, tentando encontrar conforto onde nunca houve nem haverá. M suspira, abre o seu caderno e arranca violentamente uma folha. Começa a escrever suavemente e as gotas de suor que lhe caem do rosto tingem e misturam-se com a tinta que suporta as palavras. Palavras de raiva, de amor, amizade? Não se sabe. R chegou, olha em volta, sente-se desorientado. Provavelmente não esperaria que tal ambiente lhe pesasse tanto nos ombros, que quase o empurrasse de encontro ao chão de tacos levantados, empoeirado, sujo. Q olha X de cima a baixo, focando-se com mais pormenor no rosto. Deve conhecê-lo de algum lado, contudo, tudo se mantém constante, nada acontece. Como se todos fosses bichos embalsamados arrumados em prateleiras velhas, esquecidas algures no tempo, no espaço.
E eu que sou vidro partido na pedra, que senti os nervos à flor da pele, que estalei, estou aqui sentada a escrever. De vez em quando quebro. Aí pego nas letras e amarro-as umas às outras debaixo do chicote do meu pensamento, da minha imaginação. Escrevo para me reencontrar, para que os meus pedaços voltem a formar uma unidade. Não quero ser como as pérolas do colar que arrebentou e que agora estão dispostas, aleatoriamente, no chão à espera que alguém lhes confira uma ordem própria, um rumo.
Não sei quantos tique-taques serão necessários até tudo voltar à normalidade, por isso escrevo e sou livre. Escrevo e amarro palavras. Escrevo e conserto o que está partido. Escrevo e quebro o que inútil.
Vem molhar-me chuva, vem ser a catarse da minha razão. Beija-me amor, leva-me daqui, leva-me para onde os teus beijos quiserem. Mas leva-me. Abraça-me, faz com que eu sinta que consigo tocar, agarrar o que nos envolve. Quero sentir-te comigo, quero sentir-te mais do que nunca. Preciso de ti. Sem ti a vida fica distante e o sorriso não volta. Sem ti tudo é negro. Sem ti não vale a pena. És a minha Vida.
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26 comentários:
Está tão lindo :)
Está LINDOOO!
Oh, obrigada querida *.*
é de uma amiga. também adorei, é tão fofinho. adoro corações.
Obrigada $:
Que giro xb São stores de quê?
Obrigada minha querida. Gostei muito do teu texto :)
Ahah, se calhar ainda vou ter o pai do teu namorado como meu stor xD Se não entrar em Relações Internacionais (que é o mais certo -.-') entro, de certeza, em Comércio Internacional, e vou ter Matemática xD
eu acho que em colar não tenho nenhum. que tristeza :'
já disse que esta parte final do teu post me deixou encantada ?
Sim s: Oh nãooo, estou feita então, não tenho matemática há 3 anos =O Tive MACS (Matemática Aplicada às Ciências Sociais) durante dois anos mas isso é muito básico..
"e eu que sou vidro partido na pedra..." adorei, adorei. que encanto.
aquilo foi tudo inventado, nem sei como é que me lembrei (:
Línguas e Humanidades para ser mais precisa. O meu erro foi chegar à conclusão que a média para Relações Internacionais era muito alta tarde demais -.-'
ainda bem que assim é. espero mesmo que esse amor dure!
está mesmo bonito!
gostei do blog (:
vou seguir-lo , gostava que segues o meu também :$
amei *
Sim, é o que tenciono fazer. Obrigada pela força (:
de nada :)
Obrigada querida :')
LINDO *.*
ainda bem que gostaste querida (:
e o teu? Está lindo também amor!
não não :c
Segui *-*
Segue-me também*
ainda bem que concordas querida *.*
Que texto mais lindo! Amei, amei! *.*
Mesmo, e eu choro com tanta facilidade, credo :|
ahahah
parece que siim :D
Blog porreirinho :)
Estou a seguir :)
[ps. passa pelo meu ^^]
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