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10 de junho de 2011

QUERO


Sinto necessidade de mudar. Mudar a minha forma de pensar, de agir, de estar. Quero renovar-me, ser alguém com quem me sinta bem - alguém que olhe a vida com optimismo, sem medos, apenas sorrisos. Quero conseguir aproveitar o prazer de cada momento, disfrutar de todas as coisas boas que a vida pode oferecer. Quero sentir que sou útil à sociedade, sentir que não sou apenas mais um. Quero marcar a diferença. Quero formatar o meu interior, acabar com o sistema pré-definido que me impuseram. Quero personalizar-me. Quero encontrar-me.
Apatia, estou cansada desta apatia. Cansada de medos, receios, anseios. Cansada de pensamentos negativos, de obcessões intermináveis que roubam pedaços de vida. Vida essa que poderia ser aproveitada para viver, para realizar todos os sonhos que tenho guardado dentro daquela caixa que todos temos. Dentro.
Vai custar, vai doer, vai demorar. Não quero saber. É gritante. Não vou continuar a fugir, não voltar a optar pelo caminho fácil. Quero sentir a dor da pedras do caminho nos meus pés descalços.
Quando chegar ao fim, vou sorrir.

21 de julho de 2010

I have a dream.

Eu tenho um sonho. Não, não quero ir à Lua, viver numa estrela ou até mesmo dar a volta ao Mundo. Também não quero usar “clichés”, insolentes conjuntos de palavras que têm levado à desvalorização de sentimentos como o amor, a paz ou a liberdade. Impossível esquecer episódios caricatos como aqueles em que a Miss Mundo diz que o seu sonho é conquistar a paz mundial, acabando com esta ou aquela guerra. Pois bem, o meu é bem diferente: o meu sonho é que as pessoas nunca deixem de sonhar.

Tenho me apercebido que, há medida que as pessoas vão crescendo, vão perdendo gradualmente a sua capacidade de sonhar. Isto deve-se à perda (igualmente gradual) da inocência e de um aumento das responsabilidades que somos obrigados a enfrentar todos os dias. Hoje em dia, muito pouca gente perde tempo com os seus sonhos. Assim, estes são comparáveis às estrelas: são portadores de uma beleza e de um brilho enorme mas são também algo que nunca se irá alcançar. Só quem possui ousadia e coragem q.b. é que consegue, a meu ver, sentir na boca o gosto da completa realização pessoal.

Gandhi sonhou que um dia a Índia ia ser um país independente e, através da prática dos seus ideais e da sua incrível força interior, ele conseguiu. Luther King tinha um sonho no qual negros e brancos conseguiriam coexistir de forma pacífica num futuro próximo. Graças à sua coragem, conseguiu agarrar com força a sua vitória. E tudo isto porque nunca perderam a capacidade de sonhar, lutando todos os dias, todas as horas pelas suas convicções e ideais, conseguindo mudar irreversivelmente o curso da Humanidade. John Lennon apelidava-se de sonhador em “Imagine” quando apregoava a existência no futuro de um Mundo sem guerras, ambições nem pobreza. Alcançou o sucesso e conseguiu fazer o que se considera ser uma das tarefas mais difíceis: mudar mentalidades.
Estes três homens morreram pelos seus sonhos e por isso admiro-os profundamente. Porque acharam que os seus sonhos eram demasiado preciosos para que não lhes dessem a vida.
Porque fizeram exactamente o contrário daquilo que se esperava: não viveram por um sonho, morreram por ele. A generalidade das pessoas ignora os seus sonhos porque diz prezar a sua vida (ou será “vidinha”?) e não quer ser dono de grandes preocupações. Desta forma, estas pessoas não estão a preservar a sua vida, mas sim a sua morte. Como nunca são verdadeiramente realizadas e, portanto, inconscientemente infelizes, nunca chegam a viver verdadeiramente e a “sentir tudo de todas as maneiras”.

Olho para o Mundo actual e não deixo de pensar em Barack Obama como um exemplo de um sonho que aos poucos foi ganhando forma graças à sua inacreditável coragem. Lutou e venceu.

Termino com uma citação de Sepúlveda que penso resumir tudo o que vai na minha cabeça e que não consigo expressar tão bem como este grande mestre da literatura sul-americana:
“Creio que não há sonho mais belo do que o de um Mundo onde o pilar fundamental da existência seja a fraternidade, onde as relações humanas sejas sustentadas pela solidariedade, um Mundo onde todos compartilhemos da necessidade de justiça social e actuemos com coerência. Mas se não formos audazes, o que não é sinónimo de irresponsabilidade, se não formos terrivelmente audazes com os nossos sonhos, e não acreditarmos neles até os tornar realidade, então os nossos sonhos murcham, morrem e com eles, nós também”.