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15 de fevereiro de 2012

metafísica intemporal

Há quem diga que há tempo para tudo. Para mim, o tempo é apenas uma palavra aborrecida que insiste em limitar os sorrisos, a ânsia de viver, de ser mais e maior. O tempo? Somos nós que o tecemos, que o cultivamos, que geramos no nosso ventre. 
O tempo é nada e é tudo. Eu gostava de ser tudo mas há momentos em que sou simplesmente nada. E o ser humano deve saber ser nada, deve saber-se humildar perante a vida, perante o destino, perante a metafísica.
Afinal de contas, o que somos nós?

23 de agosto de 2010

Chronos



                                                
Hoje tudo o que em mim sente, dói. Tenho medo, estou triste. Costumo ficar assim quando não sei o que fazer, quando não sei como dar a volta por cima. Respiro fundo para tentar que um breve fluxo de optimismo me percorra todas as terminações nervosas do meu corpo. Mas não passa daquilo que é mesmo, breve. Vou apanhar um pouco de ar fresco e reparo que pequenas, minúsculas, gotas de chuva caem na minha pele. Sinto-me, por alguns momentos, liberta de tudo e de todos mas também é só por alguns momentos. Doi-me os olhos de ver, a cabeça de pensar, o corpo de viver e o coração de amar. Às vezes quero desistir mas logo me arrependo. Sou forte o suficiente para que todo o meu interior se desfaça em bocados vezes sem conta e que se volte a reconstruir. Tenho receio das cicatrizes. Só desejo que as horas se transformem em segundos. Mais nada.